Trago na ponta do dedo um coração vermelho. É a minha varinha antiilusão. Com ela encanto as obras do rei Midas: todo ouro vira voo. E no labirinto da perdição faço chifre de monstro bouquet de arco-íris. Eis o irreverente mistério da fé.
As cores brotam do coração. São ervas daninhas que entrelaçam o fogo. Se aponto pruma estrela rasgo o céu com múltiplos pecados. Pecados ardem para serem libertados.
Arte é a deusa dos pecadores. E sou seu fiel devoto: Amor é minhacor.